quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Introdução:

Este blog foi criado no âmbito da disciplina de Português com o propósito de analisar a obra poética de um dos heterónimos de Fernando Pessoa: Ricardo Reis.
Neste blog deveremos pôr a síntese das informações recolhidas nos sites propostos pela Professora da disciplina, escolher um poema entre a obra de Ricardo Reis e dizer porque é que o escolhi como o poema que mais gostei e por último tentar criar um poema com as caracteristicas de Ricardo Reis.




Ricardo Reis- Síntese da informação recolhida

Ricardo Reis nasceu no dia 19 de Setembro de 1887, no Porto, no entanto Fernando Pessoa criou-o no dia 29 de Janeiro de 1914.
Foi educado num colégio de jesuítas e recebeu uma educação latinista e estudou por vontade própria o Helenismo, sendo Horácio e a sua teoria do Carpe Diem (goza o momento) o seu modelo literário. Essa formação clássica reflecte-se quer a nível formal- odes a maneira clássica, quer a nível dos temas que ele trata e da própria linguagem utilizada.
Medico de profissão, no entanto, nunca exerceu. De convicções monárquicas expatriou-se para o Brasil no ano de 1919.
A poesia de Reis é de cariz moralista, tem um intenso dramatismo e fatalismo, sendo este traçado pelo destino (Fado) que atribui ao homem uma vida efémera.
As linhas ideológicas presentes na poesia de Ricardo Reis reflectem um homem que sofre e vive o drama da fugacidade da vida, factor que lhe provoca sofrimento por pensar previamente na morte. Ressalta ainda a procura da perfeição, a intelectualização das emoções, o que revela um homem lúcido e cauteloso, que procura construir uma felicidade relativa sem exageros que lhe perturbem essa felicidade. Propõem a fruição das coisas sem demasiado esforço, uma vez que considera o destino mais importante que a própria força humana.
Poeta da razão e defensor do epicurismo- filosofia moral de Epicuro, que defendia o prazer como caminho da felicidade, contudo, a satisfação estável dos desejos, sem prazer ou dor, levam a um estado de ataraxia, de tranquilidade sem qualquer perturbação- e do estoicismo- corrente filosófica eu considera a possibilidade de encontrar a felicidade quando se vive em conformidade com as leis do destino que regem o mundo, mostrando-se indiferentes aos males e às paixões, porque perturbam a razão.
A nível estilístico, a poesia de Ricardo Reis revela um estilo densamente trabalhado, de sintaxe alatinada, recorrendo aos hipérbatos, às apostrofes, às metáforas, às comparações, ao gerúndio e ao imperativo.
Ricardo Reis faleceu quando morreu o seu criador Fernando Pessoa, em Novembro de 1935.
Poema que eu mais gostei da obra poética de Ricardo Reis






Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada coisa a Lua toda
Brilha, porque alta vive.


Ricardo Reis, Odes





Eu gostei deste poema porque aqui esta presente que para fazermos qualquer coisa (seja um teste, um trabalho) temos de faze-la com todos os sentidos. Para sermos pessoas de bem, basta sermos nós verdadeiramente pois se formos dissimulados a nossa vida não tem sentido de ser, porque estamos sempre a tentar ser pessoas que não somos na realidade, é somente pra agradar aos outros para agradar aos outros. Como Ricardo Reis preconizava o momento deve ser gozado sem exageros, não se deve pensar no amanhãpois só assim a vida poderá ter algum interesse.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007






















Poema criado por mim



Sinto apatia pela vida.



Tristeza pelas pessoas


Que nela vão e veem



Sem pensar no amanhã.



Cada dia há que senti-lo


Há que vive-lo


Há que aproveita-lo


Vive-lo como se último fosse.





Vive o dia-a-dia


Cada dia é um momento


Devo goza-lo sem exagero


Para não perturbar o meu sossego.